Prevención de enfermedades zoonóticas, la dengue y la gripe aviar

Prevención de enfermedades zoonóticas, la dengue y la gripe aviar
Doenças zoonóticas são aquelas que podem ser transmitidas entre animais e humanos. Essas doenças podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos, parasitas ou outros agentes infecciosos. A transmissão dessas doenças pode ocorrer através do contato direto com animais infectados, ingestão de alimentos contaminados, inalação de aerossóis ou gotículas respiratórias, ou através de vetores como mosquitos ou carrapatos.
 
Além das graves implicações para a saúde humana e animal, é importante compreender o impacto mais amplo das doenças zoonóticas e outras doenças infecciosas na saúde global. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 16% das mortes em todo o mundo são atribuídas a doenças infecciosas. Isso destaca a importância de abordar essas doenças de forma abrangente e tomar medidas proativas para prevenir sua disseminação e controlar seu impacto na saúde pública.
 
Algumas das doenças zoonóticas incluem:
 
· Dengue: A dengue é uma doença viral transmitida principalmente por mosquitos do gênero Aedes, como o Aedes aegypti, também conhecido como mosquito tigre. Essa doença é endêmica em áreas tropicais e subtropicais do mundo, onde os mosquitos transmissores podem ser encontrados em abundância. Em casos mais graves, conhecidos como dengue grave ou dengue hemorrágica, a doença pode causar complicações potencialmente fatais, como sangramento severo e choque. Por isso, é crucial procurar atendimento médico se você apresentar sintomas de dengue e viver em uma área onde essa doença é comum.
O Cone Sul da América enfrenta atualmente uma das piores epidemias de dengue na história recente, com mais de 4,2 milhões de casos relatados nos primeiros três meses de 2024 e, infelizmente, mais de 1.200 mortes relacionadas. Diante desse desafio de saúde pública, cientistas e especialistas em saúde estão trabalhando arduamente para encontrar novas ferramentas e estratégias que ajudem a prevenir e combater a disseminação dessa doença devastadora.
 
No Brasil, pesquisadores públicos desenvolveram uma técnica revolucionária que utiliza o próprio mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, como um "cavalo de Troia" para exterminar as larvas e reduzir a população de mosquitos infectados. Essa estratégia inovadora, desenvolvida pelo Instituto Fiocruz e liderada pelo professor Rodrigo Gurgel da Universidade de Brasília, baseia-se no conceito de "Estações de Disseminação de Larvicidas (EDL)".
 
Como funciona essa estratégia? As EDL são armadilhas projetadas com um atrativo especial para os mosquitos Aedes aegypti. Essas armadilhas, que se assemelham a cubos pretos, contêm uma tela impregnada com piriproxifeno, um larvicida altamente eficaz. Os mosquitos, atraídos pela água e pela cor preta do recipiente, são atraídos para as armadilhas e pousam na tela impregnada. Ao fazer isso, eles ficam contaminados com o larvicida, que adere ao seu corpo.
 
A genialidade da estratégia reside aqui: os mosquitos, ao se deslocarem para outras áreas em busca de novos criadouros de larvas, levam consigo o larvicida. Ao entrar em contato com a água nesses novos locais, o piriproxifeno se dissolve, agindo como um agente letal para as larvas do Aedes aegypti, mas sem prejudicar outros organismos não alvo. Essencialmente, os próprios mosquitos se tornam portadores do larvicida, levando a solução para os lugares onde mais é necessária.
 
Essa abordagem representa um passo significativo na luta contra a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos. Ao aproveitar o comportamento natural dos mosquitos, pode-se alcançar uma redução eficaz na população de Aedes aegypti e, portanto, na disseminação do vírus da dengue. Além disso, essa estratégia é ambientalmente amigável e oferece uma alternativa promissora aos métodos tradicionais de controle de vetores.
 
· Gripe Aviária: A gripe aviária, também chamada de influenza aviária, é uma doença viral que afeta principalmente as aves, mas pode ser transmitida para humanos e outros mamíferos. É altamente contagiosa e pode ter graves consequências para a indústria avícola e a saúde pública. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com secreções ou fezes contaminadas, bem como pelo contato com superfícies contaminadas. Em humanos, os sintomas variam de leves a graves complicações respiratórias e até mesmo a morte. Embora a transmissão de aves para humanos seja rara, existe o risco de o vírus sofrer mutação e se tornar mais transmissível entre humanos, desencadeando uma pandemia. Para prevenir sua propagação, são aplicadas medidas de biossegurança em fazendas avícolas, campanhas de vacinação em aves de alto risco e vigilância ativa para detectar surtos e responder rapidamente. Além disso, é crucial educar a população sobre higiene adequada e promover a detecção precoce de casos suspeitos.
 
- Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou um caso de gripe aviária (H5N1) em um homem no Texas, Estados Unidos. Esse indivíduo esteve exposto a gado leiteiro bovino, presumivelmente infectado com o vírus. O jovem, que está se recuperando, experimentou vermelhidão nos olhos, sugerindo conjuntivite, como único sintoma. As infecções humanas pelo vírus da influenza aviária A, incluindo os vírus A(H5N1), são raras, mas podem ocorrer esporadicamente em todo o mundo. No entanto, este caso é particularmente notável, pois parece ser a primeira infecção humana por A(H5N1) adquirida por contato com um mamífero infectado. Embora tenham sido registradas infecções humanas com outros subtipos de influenza adquiridas por meio de mamíferos, essa situação é única.
 
Até o momento, não foram identificados casos adicionais de infecção humana associados a este evento em particular. A OMS enfatiza que esta é a primeira vez que uma infecção humana por A(H5N1) adquirida por contato com gado infectado é confirmada.
 
 
O Laboratório Nacional de Serviços Veterinários da Carolina do Norte identificou um novo caso de gripe aviária em um rebanho leiteiro, marcando um marco em um surto que já afetou seis estados dos Estados Unidos. Este incidente, somado a uma série de resultados positivos anteriores, levanta preocupações sobre a saúde animal e a segurança alimentar, bem como sobre a possível transmissão para humanos.
 
Os primeiros casos foram identificados por meio de amostras clínicas não pasteurizadas de leite de gado doente em fazendas do Kansas e do Texas, onde também foram encontradas aves selvagens mortas, sugerindo uma possível rota de transmissão. Desde então, foram confirmados até duas dezenas de casos, sendo o Texas o estado mais afetado.
 
As agências federais estão trabalhando em estreita colaboração com a indústria para promover a rápida notificação de doenças do gado, minimizando assim o impacto nos agricultores, consumidores e outros animais. Embora apenas 10% do gado nas fazendas afetadas apresentem sintomas, como menor produção e perda de apetite, as autoridades garantem que a perda de leite não terá um impacto significativo no fornecimento nem nos preços.